Nos dias 15 e 16 de dezembro de 2022, o Espelho D’água da sede do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) recebeu a 2ª edição da Feira das Manas. O espaço foi disponibilizado para a exposição de produtos com intuito de demonstrar para aa as mulheres artesã que, juntas, elas tem a oportunidade de mostrar o trabalho que desenvolvem e fazer a diferença na economia, caminhando juntas no mesmo propósito.
De acordo com uma das coordenadoras, Ana Maria, a feira começou a ser realizada em 2019 e surgiu com a necessidade de espaços para mulheres. “A Feira das Manas de Palmas nasceu da necessidade de espaço. Sem muitas opções de expor os trabalhos artesanais, montamos um grupo através do Facebook, fizemos a reunião e cinco mulheres tomaram as rédeas da empreitada. Nossa primeira feira foi em janeiro de 2019 e, de lá pra cá, conquistamos espaço, amigas, cinco mil seguidores e o carinho de várias entidades públicas e particulares que nos apoiam, como é o caso do Tribunal de Justiça. Somos uma feira de mulheres, na qual tudo é realizado por nós, produtos, coordenação, mídia… Somos protagonistas da nossa história”, explica.
Ana Maria também contou que, com base na economia criativa, a cada 15 dias a feira é realizada em espaços públicos da Capital, como parques, praias e praças. A coordenadora também comenta que a exposição é marcada por apresentações culturais.
“Expomos nossos produtos e realizamos sempre uma feira diferente, pois temos como base a economia criativa e a cultura. Temos ainda atrações culturais como exposições, lançamento de livros, circo, performance, dança e música ao vivo, sempre priorizando as mulheres artistas”, pontuou.
Organização
A exposição que aconteceu no Tribunal de Justiça foi organizada pela Coordenadoria de Gestão Socioambiental e Responsabilidade Social (Cogersa), com apoio da Diretoria Administrativa (Diadm), Centro de Comunicação Social ( Cecom) e Diretoria de Infraestrutura e Obras (Infra), contando também com o total apoio da Presidência e atendendo as resoluções CNJ nº 400 (sustentabilidade) e nº 401 (acessibilidade e inclusão social – Variáveis e Indicadores de Acessibilidade e Inclusão – item 2.11), pois contou, em seu acervo de artesãs, com uma expositora que confecciona roupas e também artigos com símbolos da inclusão dos Autistas.
Artesã desde os 10 anos de idade e mãe de duas crianças especiais, Patrícia Ribeiro relatou que a feira é um espaço importante de exposição para as pessoas conhecerem o seu trabalho e uma oportunidade de falar sobre o autismo através dos produtos.
Acesso a vários públicos
“Durante a feira, nem sempre a gente vende o esperado, mas é ali que as pessoas nos conhecem e tem mais detalhes dos nossos produtos. Apesar de trabalhar com diversos tipos de artesanatos, na feira optei por expor roupas e acessórios para o público infantil. Não consigo ter uma rotina de trabalho fora de casa e é na feira que tenho condições de ter esse espaço. Tenho duas crianças especiais e uma delas é autista. Também conheço muitas pessoas autistas e faço parte de associações que trabalham com autistas, essa é uma das razões que na feira trabalho com produtos direcionado ao público autistas. São pulseiras, colares e tenho outras ideias para o futuro. Também tenho um brechó de roupa infantis que exponho na feira. Sou grata pelo o espaço e da importância dele para muitas mulheres”, destacou.
T-21
Patrícia também faz parte da Associação T-21, que foi fundada em 2019, em Palmas, e tem o objetivo de promover oportunidades de convívio social, de luta por direitos, de capacitação dos pais e das pessoas com a Trissomia do 21/Síndrome de Down.
Contato
Os interessados em conhecer mais sobre o trabalho realizado pelas mulheres na Feira das Manas podem acessar a página do grupo no Instagram (@feiradasmanaspmw) e entrar em contato com a organização.
Texto: Samir Leão
Fotos: Elias Oliveira
Comunicação TJTO